quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quando o café foi Presidente da República

Todos nós sabemos que o café teve suma importância no crescimento ecônomico do Brasil. Os historiadores dizem que ele chegou ao país na metade do século 18 na região norte, mais precisamente no Pará. De lá, começou a viajar para o Sul chegando ao Rio de Janeiro e, consequentemente, no Vale do Paraíba. Devido a crise das culturas do algodão e do açúcar, os fazendeiros viram em nosso grão preferido um grande potencial de exportação.

O começo do século 19, até a queda da Bolsa de NY, em 1929, teve seu período áureo. O Ciclo do Café havia surgido e não se baseava apenas em interesses econômicos. O seu crescimento foi fundamental para a construção de novas linhas férreas até São Paulo e a modernização do porto de Santos. A partir daí o estado começou a ser o mais importante produtor do grão.



O café foi fundamental para o desenvolvimento do país e o regime imperial não se movia na mesma rapidez das transformações sociais, e problemas políticos começaram a surgir. Os fazendeiros do café do Oeste Paulista junto a elite militar do Exército facilitou com que a República fosse proclamada.

É estranho pensar que o café seria o principal motivo para um país se tornar uma República, mas a verdade é que isso realmente aconteceu em terras tupiniquins. Lembram da queda da Bolsa de 29? Então... até este momento, o Brasil foi dominado por presidentes civis totalmente influenciados pelos fazendeiros de café de São Paulo e seus aliados da elite mineira, produtora de leite. O nome da política deste período não poderia ser outro: Política do Café com Leite. Mineiros e paulistas se revezavam no poder.

Com a crise mundial de 29 e a fraqueza eminente da política em rigor, a Revolução de 30 colocou um ponto final na “presidência do café” e Getúlio Vargas assumiria o poder.

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