Adivinhe só qual é o país que mais bebe café no mundo...

Apaixonado e degustador de café,

Quando te perguntam “Qual é o país que mais bebe café?”, o que você responde?!

 “Brasil, por ser um dos maiores produtores do mundo!”

“Não... não... Deve ser a Itália, por causa de toda a sua história de invenções de novas bebidas.”

“ Ou, quem sabe, a França, por suas elegantes cafeterias.”

“Pensando bem... deve ser os Estados Unidos ou a China já que são eles que são famosos por encabeçarem a maioria das listas de quem é o maior de alguma coisa.”

Todas as respostas acima estão incorretas. É…essa resposta não é tão simples assim. O país com maior consumo de café por pessoa é a Finlândia.

O país nórdico é conhecido principalmente pela sua capital Helsinque (Olimpíadas de 1952), por ter aquela bandeira branca com duas listas azuis e pelo frio. Seus vizinhos Noruega e Suécia são muito mais conhecidos mundialmente. Os finlandeses bebem em média 3 ou 4 cafezinhos por dia. O cafezinho é, na grande maioria das vezes, bem preto e forte. Agora que você sabe qual é a população que mais bebe, é necessário entender de onde vem essa paixão.

O café chegou na Finlândia no começo do século 18 quando ela ainda era de  domínio sueco. Enquanto uns não sabiam muito bem para que servia a bebida, outros achavam que era algo medicinal, tanto que era vendida apenas em farmácias. Os primeiros a começarem a tomar o café com prazer mesmo foram as classes mais altas, copiando as tendências européias, mas não demorou muito para atingir os mais pobres. Então, durante o século 19, já era uma das bebidas mais consumidas no país. Em 1920, com uma lei bem rígida de bebidas alcoólicas, o café foi o substituto principal, se tornando paixão nacional.

As cafeterias da Finlândia são bem regionais mesmo. Para você ter uma ideia, a maior rede de cafeterias do mundo, Starbucks, ainda não conseguiu abrir nenhuma loja no país, nem mesmo na capital. Porém há quem diga que no ano que vem os norte-americanos abrirão a primeira loja no aeroporto de Helsinque.

Expresso X Espresso

Essa deve ser a maior polêmica no mundo do café. Os apaixonados por café e os baristas podem ser boas fontes de resposta para essa pergunta, mas quem realmente deveriam ser os donos da resposta correta são os professores de história e português, mesmo não existindo algo certo ou errado. É tudo uma questão de estilo e gosto.

Assim como o cappuccino, o termo ESPRESSO vem da Itália. Ele surgiu em 1946, da comercialização e popularização de um modo de extração de café criado pelo italiano Luigi Bezzera no início do século XX. A passagem de uma água bem quente sob alta pressão pelo café moído pode explicar a origem do nome.

Bom, sabemos então que o nome original é com a letra S. 1 a 0 para os professores de história. Porém, a palavra ESPRESSO na língua portuguesa não existe. Se procurarmos no dicionário encontraremos EXPRESSO, que vem do latim EXPRESSUS e significa comprimir, tirar de, espremer. Está aí o empate dos professores de português. Em Portugal, por exemplo, não é nem um nem o outro, eles dizem BICA, que nada mais é que o lugar por onde sai a bebida da máquina.

A conclusão que tiramos é justamente o que dissemos no primeiro parágrafo. Tudo é uma questão de estilo e gosto. Se você quiser dizer como os criadores italianos e usar o nome original, utilize o S. Já se quiser “aportuguesar” e seguir a língua portuguesa, utilize o X. A única coisa que você não pode fazer é escrever com um S só antes do O. Aí não é questão de estilo ou gosto, é questão de outra coisa. 

A Curva do Café

O Autódromo de Interlagos foi mais uma vez motivo de polêmica nesta semana no mundo do automobilismo. Um engenheiro contratado para resolver o problema de falta de segurança da Curva do Café, fez uma incrível besteira e construiu uma obra ao contrário. Não...não mudamos a temática do Seu Cafezinho. O café ainda é o assunto principal deste blog, e por isso falaremos da Curva do Café, uma das mais temidas pelos pilotos de todas as Fórmulas nacionais e mundiais.

Desde novembro de 2007, três pilotos já passaram por acidentes fatais na curva. Ela é feita em alta velocidade e um ponto cego e um muro são os principais motivos dos terríveis acidentes. Agora vem o mais interessante desta postagem; o porquê do seu nome. Será que ela é muito rápida, e a associação com a cafeína é óbvia?! Será que o seu formato lembra o grão?! Será que o ex-presidente Café Filho inaugurou o Autódromo de Interlagos e nada mais correto do que homenageá-lo com uma curva?! Será que antes do autódromo, o local era uma fazenda de café importante de São Paulo?! Qual delas será a correta??

A resposta é...nenhuma das anteriores!! Na realidade ninguém sabe ao certo o porquê deste nome. A história mais perto da verídica de seu batizado é oriunda de seu traçado original. Sua extensão tinha quase 8 km, e muitos brincavam que a curva era tão grande que dava tempo até de tomar um cafezinho. Verdade ou não, é um nome bem criativo. Agradecemos a homenagem, mas bem que ela podia ser um pouquinho mais segura né.

Dá-lhe Borra!

A borra de café já foi tema deste blog. Lembra da Cafeomancia?! Pois é, através dela podemos ver nosso futuro. Acredite ou não, essa técnica já existe há muito tempo, e é ainda bastante utilizada em alguns países do mundo. Além disso, a borra pode servir para outra coisa que não tem nada a ver com advinhação ou coisa parecida. Veja a seguir.

Segundo estudos e pesquisas de alguns lugares do mundo, o óleo extraído da borra de café pode ser utilizado para a produção de biodiesel. Uma pesquisa da USP mostra que a partir de 1 kg da borra é possível gerar cerca de 12 mililitros de biodiesel. A extração diretamente dos grãos de café ainda é muito cara, mas pequenas comunidades já a fazem para abastecer tratores e máquinas agrícolas.

Do mesmo jeito que essa produção é benéfica para usar algo que na maioria das vezes é jogado fora, é necessário ter uma conscientização, já que o resíduo também pode contaminar o solo.

Pra quem pensava que a borra de café era um simples pozinho, olha ela aí mostrando o seu valor mais uma vez.

Dicas para Seu Cafezinho ficar ainda mais saboroso

Apesar de falarmos muito de café e de outros temas que envolvem essa bebida que tanto gostamos, o que todo mundo quer saber mesmo é COMO FAZER UM BOM CAFÉ. O post de hoje é dedicado a isso. Se o segredo do bom café está nos detalhes, vamos te contar alguns detalhezinhos básicos que fazem toda a diferença na hora de preparar o Seu Cafezinho...

Um dos maiores segredos está em saber como guardá-lo. Ele precisa estar protegido do ar, que é um dos maiores responsáveis por eliminar o sabor do café. Se você tem a opção de comprar o café em grãos, a melhor coisa a se fazer é guardá-los inteiros e moê-los na hora de consumir. Como o grão está inteiro, só uma pequena parte dele, a superfície, fica exposta, conservando seu sabor por muito mais tempo.

Se for consumir o café no período de até quinze dias, lembre-se de mantê-lo num recipiente fechado e em lugar fresco e escuro. Se for levar mais tempo, você pode guardar na geladeira, mas, lembre-se que não se deve colocá-lo na geladeira novamente depois de desgelado, afinal a umidade também elimina o sabor do café com rapidez.

E se você só compra o café já moído, o famoso pó de café, os segredos são muito similares. Proteção contra o ar é a melhor forma de garantir que Seu Cafezinho fique sempre saboroso. 

Foi sem querer, hein, Dimitris!

Há uma certa bebida que anda bastante chateada nas últimas semanas na Cafeteria Naumann Gepp. O frio está deixando-a sozinha e ela não vê a hora de reencontrar seus velhos amigos! A inveja é outro sintoma que podemos observar. Enquanto Cappuccino, Mochaccino e até o sazonal Chocolate quente estão rindo à toa, o Frappè segue encostado num canto rezando para que um de seus apaixonados chegue e reilumine seus dias escuros.

É lógico que o parágrafo acima é uma pequena brincadeira, afinal estamos em Santos e o frio daqui não é tão duradouro ou intenso. Mesmo assim, o Frappè não é a bebida mais saboreada nesta época do ano. Em tempos mais quentes, por motivos óbvios, ela é uma das mais requisitadas.

No mundo, ela também é conhecida como Greek Frappé, isso porque o grego Dimitris Vakondios, sem querer, a criou. A história é no mínimo curiosa. Em 1957, numa feira comercial muito tradicional da Grécia, Dimitris queria tomar seu cafezinho durante uma pausa da apresentação de uma nova bebida criada por seu chefe. Como não tinha água quente, o grego pegou uma coqueteleira, inseriu o café instântaneo e misturou com água gelada. Estava criada, por acidente, a bebida mais popular da Grécia.

Como todas as melhores bebidas de café, não demorou muito para ela viajar pelo mundo. Em alguns lugares, os baristas adicionam leite, cubos de gelo ou algum tipo de sabor como chocolate, caramelo ou creme de avelã, mas o tradicional grego conta apenas com café, água gelada e um pouquinho de açúcar. Os três sabores podem ser apreciados na Cafeteria Naumann Gepp! Dê uma passadinha, porque especialmente hoje, o calor veio dar uma mãozinha para a alegria do nosso querido Frappè.

De Mocha para o mundo

Não gostamos de fazer nenhum tipo de injustiça no Seu Cafezinho. Se falamos sobre cafés exóticos, como o do nosso amigo Luwak, não deixaríamos de lado o simples cafezinho. Se explicamos algum benefício do grão em nosso organismo, te ensinamos outra funcionalidade como a Cafeomancia. No próximo parágrafo você entenderá o porquê desta introdução.

Faz um tempinho que escrevemos aqui a curiosa história do cappuccino. Ninguém esperava que o nome viria dos frades franciscanos italianos com seus capuzes. Mesmo o Mochaccino não tendo o mesmo grau de curiosidade, não podemos deixá-lo de lado, vamos seguir as leis rígidas deste blog, e te mostrar a sua origem!

Mocha é um tipo de grão de café. Ele é um pouquinho menor e mais redondo do que os grãos de sua espécie, a Coffea Arabica. A espécie nasceu na Etiópia, mas sua origem de cultivação foi dada no Iêmen, que através de seu porto da cidade de Mocha, exportou seus novos grãos de café para todo o mundo. A etimologia da palavra é muito mais simples de ser explicada do que o do cappucino.

Por ser inspirada da Bicerin, uma tradicional bebida quente da Itália, o termo Mocha não é utilizado em países como Itália ou França. Nos Estados Unidos ele é servido como aqui no Brasil. Uma variante do café com leite, mas com uma adição de chocolate. Lá, a bebida é chamada de caffè mocha. Aqui no Brasil, o “ccino” é explicado pelo leite em cima do chocolate e do café, que dá o aspecto muito parecido com o cappuccino.

A Thomas Edison do Café

Existem invenções que ficam marcadas para sempre. Entra ano e sai ano, e elas continuam fazendo parte do dia-a-dia das pessoas. Praticamente tudo  que usamos hoje em dia passou por uma atualização. A bicicleta é um ótimo exemplo. Outras invenções que se tornaram obsoletas e atrações de museus, serviram para originar novos produtos; por exemplo, a máquina de escrever. O teclado do computador é o seu irmão caçula. Olivetti que o diga. Há uma invenção que tem tudo a ver com este blog e combina perfeitamente com a questão da simples atualização: o filtro de café.

Sua primeira experiência com um filtro de café deve ter sido na casa da avó. Você via aquele simples “papel” deixando a bebida prontinha para ser degustada. Num primeiro momento deve ter pensado: “Será que alguém inventou isso?! É tão simples que no mínimo, antes de terem descoberto a bebida, já existia o filtro.” Não é bem assim. Ele só foi inventado em 1908. Muito tempo depois do surgimento do café.

Na Alemanha do início do século XX, mais precisamente em Dresden, uma simples dona de casa, sempre preparava o cafezinho pro marido. As vezes a bebida não ficava no ponto ideal, e a reclamação era comum. Um certo dia, a senhora Bentz percebeu que o problema do mal gosto poderia ser o coador de pano. Assim como, todo bom inventor, a dona de casa teve uma excelente ideia. Ela pegou uma lata de quase 13 centímetros de altura, e fez vários furos em seu fundo. Com um papel que era usado para absorver, na maioria das vezes, tinta (papel mata-borrão), tampou o fundo e escoou o café para o maridão. A bebida saiu sem resíduos e o gosto estava perfeito.

A senhora inteligentemente patenteou a ideia e começou a comercializar o produto. No começo eram vendidos juntamente com as latas de alumínio. Apenas em 1919, além do alumínio, os clientes começaram a encontrar o produto em porcelana e cerâmica.

O café mais caro e mais exótico do mundo... Você provaria?

Você experimentaria um café que vem das fezes de um animal?! Sim, a pergunta é no mínimo exótica e bem agressiva. Mas este café diferenciado, é considerado o mais caro do mundo. Tudo nele é curioso: seu nome é Kopi Luwak, ele vem da Indonésia, Vietnam ou Índia e seu quilo custa mais ou menos U$ 600,00.

Como já vimos numa postagem um pouquinho mais antiga, Kopi é a tradução para o grão na língua indonésia. Já Luwak é um bichinho bem feio que mais parece um gambá misturado com gato. Juntando os dois: Café do Luwak ou se você preferir, Café do Gamba misturado com Gato. Já dá pra imaginar como esse café tem sua origem, não é?!

O animal adora passear por regiões com grãos e frutinhas de café, além disso, ama comê-los. A partir daí os preparadores pegam as fezes do animal, e separam delas os grãos que lá estão intactos. Os produtores dizem que o estômago do animal produz mudanças significativas no grão de café, e pesquisas as comprovam. É lógico que quem produz, higieniza os grãos, mas o segredo do café mais caro do mundo vem das fezes de um bicho bem estranho.

Nojento, exótico, saboroso, diferente, cremoso…ache o que você quiser. Uma coisa é certa, além de caro, este café é Hollywoodiano. Sim, ele já “contracenou” com Jack Nicholson e Morgan Freeman! Assista a comédia “Antes de Partir” e veja a cena do Kopi Luwak que vale a pena!